As crenças limitantes são uma das questões que mais exigem atenção quando falamos de saúde mental. Isso porque é muito difícil reconhecermos o que está por trás das nossas dores, dos nossos padrões e pensamentos. Muitas vezes, nem conseguimos lembrar o que nos levou a desenvolver determinadas formas de ver o mundo. Essas crenças se enraízam tão profundamente, em tantas camadas da nossa vivência, que se torna complicado entender de onde vêm.
O que são crenças limitantes?
Crenças limitantes são ideias profundamente enraizadas que adquirimos ao longo da vida e que moldam a forma como enxergamos a nós mesmos, os outros e o mundo. Elas surgem, frequentemente, na infância, a partir de experiências dolorosas, críticas, rejeições ou traumas. Com o tempo, passam a atuar inconscientemente, impedindo-nos de alcançar objetivos importantes e de manter relações saudáveis.
Como essas crenças afetam a vida pessoal e os relacionamentos?
Essas crenças influenciam diretamente nossa autoestima e a forma como nos posicionamos no mundo. Como resultado, afetam nossos relacionamentos, nossa visão sobre quem somos e até mesmo o modo como enxergamos os outros.
Além disso, elas distorcem nossa percepção e criam um ciclo de autossabotagem. Em relacionamentos amorosos, por exemplo, é comum repetirmos comportamentos que não são saudáveis e que acabam machucando quem está ao nosso lado — muitas vezes sem perceber.
Por isso, o cuidado consigo mesmo é essencial. Cuidar da saúde mental não é apenas uma forma de promover o bem-estar individual, mas também de fortalecer os laços afetivos, familiares e profissionais. Quando nos curamos, impactamos positivamente as pessoas ao nosso redor.
A importância da ressignificação
Apesar das dificuldades envolvidas nesse processo, é possível aprender a ressignificar esses sentimentos. A mudança começa quando passamos a compreender essas crenças, acolher nossas dores e trabalhar para criar novas formas de pensar e agir.
Dessa forma, desenvolvemos mais consciência sobre nós mesmos e mais liberdade para fazer escolhas alinhadas com quem realmente somos. Assim, o que antes nos limitava, passa a ser transformado em aprendizado e crescimento.
Psicoterapia: uma aliada nesse processo
Entretanto, é importante destacar que esse processo nem sempre é simples ou solitário. Muitas vezes, precisamos de ajuda para enxergar o que sozinhos não conseguimos identificar.
E é justamente aí que a psicoterapia se torna uma ferramenta poderosa. Por meio do acompanhamento terapêutico, é possível identificar essas crenças, compreender suas origens e, aos poucos, transformá-las. A psicoterapia trabalha diretamente com essas questões, fortalecendo a autoestima e promovendo condições mais saudáveis para viver.
Além disso, o processo terapêutico oferece um espaço seguro, onde é possível ser acolhido e respeitado em sua individualidade, sem julgamentos.
Uma reflexão em vídeo: Emanuel Aragão
Um vídeo que ilustra muito bem essa temática é o do Emanuel Aragão. Ele fala com profundidade e sensibilidade sobre o quanto é complexo lidar com as crenças limitantes.
Nesse vídeo, ele explica — de forma bastante didática — como essas crenças surgem e como podemos transformá-las através do autoconhecimento. Ou seja, ele mostra que não se trata apenas de “pensar positivo”, mas de um processo real de transformação interna.
Assista à indicação: